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Assistir à um show que você gosta, necessita de uma preparação prévia, a pessoa se veste com uma roupa que gosta muito ou para aparecer mesmo. Significativamente, estar presente, próximo, do lado (ou não tão do lado), daquele seu ídolo, é uma festividade. É um trem fantástico poder ir a um lugar que você memoravelmente levará em seu consciente. Maravilhosamente fui agraciado pela possibilidade de assistir a um show da fodástica cantora canadense super-hiper linda Alanis Morissette (comprei meu ingresso, não ganhei não)… Momento reflexivo de comemoração…(…).

Comecemos pela fila: Pode-se passar muito tempo esperando entrar no local do show, mas é quase certo você acabar eventualmente conversando com alguém aleatoriamente, se estiver sozinho (que foi o meu caso, Dona Maria não mora aqui), estando em turma ou acompanhado. Esperar na fila não é nada de mais, o tempo pode até demorar, mas com conversa isso acaba rápido. Já dentro do local programado para efetuar saltos epiléticos e entoar cânticos sem nexos vocálicos (quando não se sabe a música ou o idioma cantado não é o seu), é o momento de uma outra espera, até o show começar, aqui se pode perceber a galera tirando foto de tudo quanto é jeito, ângulo, lugar, whatever, muitos já estão até chapados por causa de uma preparação com o único intuito de ficar bobo mesmo. Não vejo outra explicação para estar bêbado antes ou até mesmo durante um show.

O show começa: Sinceramente, é um trem de doido aquela energia que se alastra por todo seu corpo, desde o fio de cabelo até os dedos dos pés. A cantora está ali à sua frente, remexendo o esqueleto, cantando em alto e bom som (o som tem que estar tinindo), levando à você os sucessos que a fizeram conhecida e rica.

Eu amo Alanis Morissette, escutei sua musica na década de 90, como a maioria de seus fãs. Pressionei meu pai para comprar o cd da moçoila (o 3º cd dela – 1º mundialmente conhecido, que vendeu em torno de 30 milhões de cópias – foi o que a deixou rica, os outros só mantiveram, mas nenhum é tão excelente quanto), aprendi a tocar uma música dela (Head Over Feet, que ela tocou no show) e comecei a querer ter uma Alanis para mim, hehehehehehehe (podem rir também desse momento tosco), coisa de fã, coloquei o nome dela no meu violão (no segundo, o 1º chama Luana… (…)). O 4º cd dela já não me fez ficar louco não, quando chegou o acústico, ai sim, novamente fiquei extremamente feliz, os outros cds tem suas músicas boas.

O show começou com Uninvited, que não é a música que mais gosto, mas pelo fato de estar na trilha de Cidade dos Anjos, já a respeito profundamente. O show continua com músicas gostosas e toda fez que ela cantava alguma do Jagged Little Pill (o tal cd que tenho) a galera vibrava estrondosamente e eu ia com a maré. MUITO EXCELENTE. Em um determinado momento do show, os roadie entram e rearrumam o palco, os músicos vem para frente, uma pequena bateria é montada, um pequeno teclado aparece, cadeiras surgem e ela começa uma outra parte do show mais próxima, com os músicos sentados em volta parecendo um lual, FANTÁSTICO. Ela agradece e sai do palco, a galera bate palmas num coro em uníssono, bate o pé e ela volta, canta You Learn e Ironic (fiquei arrepiado e novamente o local quase vem a baixo), e sai novamente, voltam as palmas, os pés e ela retorna para cantar Thank U, faz seus agradecimentos, sai do palco, os músicos vão até à frente, de mãos dadas, agradecem e as luzes acendem.

Hora da retirada e a porteira é aberta, aquele mundaréu de gente sai colada, eu prefiro não esperar, saio com a corrente, seguindo o fluxo. Já do lado de fora, bom, não posso deixar de comer um cachorro quente (coisas que fazem parte de minha verdade absoluta: após um “evento”, parar num trailer ou carrinho de cachorro quente ou sandubão e saciar minha fome, e viva a salmonela (essa parte não necessariamente precisa ser verdade)).

Só uma musica faltou para que o show fosse mais perfeito, e que é uma das minhas preferidas. KING OF PAIN. Então vou postá-la aqui.

Valeu à todos e até a próxima.